quinta-feira, 17 de outubro de 2013

16 dicas para prevenir o estresse pós-parto


16 dicas para prevenir o estresse pós-parto


Depois que o bebê nasce, a mãe passa por uma avalanche de emoções. Some-se a isso o excesso de demandas por causa dos cuidados com o recém-nascido, como amamentar, trocar fraldas e fazê-lo dormir. O resultado pode ser um nível de estresse altíssimo, que pode se traduzir em uma irritabilidade extrema, tristeza e até mesmo depressão. Para ajudá-la a evitar esse estado de alta tensão, reunimos dicas preciosas de especialistas para você passar pelo período com um pouco mais de equilíbrio.

1. Avalie seu estado geral de saúde

Faça isso, se possível, antes de conceber o filho. Adolescentes, mulheres acima de 35 anos, mães com aborto de repetição e portadoras de doenças crônicas costumam apresentar gravidez de risco, que contribui para o estresse. A informação reduz a ansiedade, mas é preciso autoconhecimento para saber se você está pronta para lidar com a situação, inclusive ter de ficar em casa sem trabalhar.


2. Tenha um estilo de vida saudável
Alimentação balanceada e rica em fibras, muita água, atividade física moderada e regular, estabilidade emocional e distância de cigarro e drogas são desejáveis para uma grávida. Hábitos saudáveis contribuem para uma maternidade sem traumas.


3. Estreite os laços afetivos
O suporte da família e dos amigos é decisivo para a paz de espírito de uma mãe, sobretudo numa gravidez não programada ou indesejada. Nessa hora, o parceiro tem um papel fundamental. Se ele apoiar a parceira e participar da gestação, os riscos de estresse caem bastante. Caso contrário, a mulher tem de ficar mais atenta para não se desestabilizar, quem sabe até buscar ajuda profissional.


4. Confie nos seus instintos
O primeiro filho é o teste de fogo. Saiba que você vai errar mais do que acertar no começo. Mas tudo sempre termina bem. Procure suportar essa situação e confie nos seus instintos. No caso de grávidas com outros filhos, o problema pode estar no ciúme. Procure aproximar os irmãos já desde a gestação.


5. Mantenha a planilha de gastos em dia
A condição financeira é um motivo recorrente para o estresse. Deixe as contas para antes do nascimento. Se possível bem antes, para não correr o risco de faltar dinheiro numa hora ingrata.


6. Cultive o vínculo materno
Converse com o bebê, conte histórias, afague sua barriga, massageie as extremidades, abrace-o. Ações como essas ajudam a aumentar a afinidade com o filho e dão sentido à nova situação. Isso fatalmente neutraliza os efeitos do estresse.


7. Busque suporte para o momento do parto
O nascimento costuma ser o momento mais esperado pelas mães. E o mais temido também. Por isso, vale a pena pedir ao marido ou a alguém de confiança que esteja presente nessa hora. Os especialistas garantem que a recuperação do parto normal é menos traumática. Mas é importante tomar uma decisão consciente. A mãe é quem sabe como quer ter o bebê.


8. Preze pela sua estabilidade emocional
A gravidez mexe com as mulheres. Mas é preciso avaliar até que ponto você está preparada para segurar a onda. O desequilíbrio é a porta de entrada para o estresse. E as consequências são perversas e viciosas: distúrbios do sono, alternância entre carinho e agressividade, irritação, raiva, culpa e, enfim, depressão.


9. Encare com bom humor as mudanças no corpo
Saiba que seu corpo muda com a gestação. Depois do parto, então, a situação se agrava. E as mudanças podem levar à aversão à criança. Fique atenta. Até porque, com o tempo, tudo volta ao normal.


10. Tenha em mente que você vai dormir pouco
Deixar de dormir é talvez o maior drama na vida de uma mãe. Mas é também inevitável. Afinal, no começo, a criança vai mamar em intervalos de três a quatro horas. O importante aqui é entrar no ritmo e descansar. A falta de sono favorece o estresse. Um cuidado importante: esvazie os dois peitos a cada mamada, isso vai saciar o bebê por mais tempo.


11. Aprenda a amamentar antes de o bebê nascer
Parece fácil, mas não é. Amamentar exige instrução. Se o bebê tiver dificuldade de pegar o peito no começo, insista com paciência e tranquilidade. Se você estiver muito insegura, converse com as amigas que já tiveram filhos ou procure serviços de apoio à amamentação nos grandes centros de saúde.


12. Informe-se sobre os sintomas da depressão pós-parto
Ela está vinculada ao puerpério, período que decorre desde o nascimento da criança até que o corpo e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação. A mãe se aliena da realidade, torna-se agressiva, sente-se intimidada pela dependência integral da criança, perde a comunicação afetiva com o bebê, dorme mal, apresenta falta de apetite e pode ter taquicardia, hipertensão e problemas intestinais. Saiba reconhecer.


13. Evite idealizar demais a hora do nascimento
Durante os nove meses da gestação, a mãe fica imaginando o rosto do seu pequeno. É um exercício bastante prazeroso. Pelo menos até o parto. Mas, quando a mãe pega a criança pela primeira vez no colo, pode se incomodar com o rosto enrugado do recém-nascido. Para algumas, isso chega a ser um choque. Cuidado para que isso não a desestabilize.


14. Mantenha uma boa relação com o parceiro
Sua relação com o pai do bebê é decisiva para o bem-estar da família. Ambos podem estar carentes, cada um a seu modo. Tente reverter isso em afagos, gentilezas, gestos de carinho e não em brigas, insultos e praguejadas. Compreensão, tolerância e cumplicidade são as palavras de ordem para o casal.


15. Invista em uma alimentação rica em vitamina B
O estresse natural do período pós-parto pode ser combatido com as chamadas vitaminas do complexo B. Elas restauram a memória, neutralizam a ansiedade e favorecem o sono. Você pode encontrar essas vitaminas em alimentos como as nozes, a ervilha e o feijão.


16. Reserve um tempo para si
Sua vida não pode girar exclusivamente em torno do bebê, mesmo nas primeiras semanas. É preciso aliviar o estresse. Tenha com quem conversar sobre outros assuntos, busque atividades relaxantes, tome um banho com calma e cuide de sua higiene pessoal. Evite, por exemplo, passar o dia de pijama e, entre uma mamada e outra, mesmo se o tempo for curto para uma soneca, coloque um CD de música que lhe traga tranquilidade.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

'Meu marido não me ajuda o suficiente''



                                  Se você se identificou com o título desta matéria, chame-o para lê-la com você. E saibam, de cara, que pais que dividem as tarefas de cuidados e acompanham de perto a educação dos filhos criam laços afetivos mais fortes na família.

A rotina começa bem cedo. Na verdade, ela se emenda com as tarefas do dia anterior. Nem são cinco horas da manhã e o bebê já mamou. Agora, ele dorme uma soneca que deve durar até por volta de 8h30. A vontade de voltar para a cama é enorme, mas não posso. O dever me chama! Aproveito esse tempo para fazer todas as coisas que não dizem respeito diretamente ao pequeno. Pagar contas na internet, relacionar as compras de mercado, tomar café da manhã (é tão básico, mas, às vezes, não dá tempo) e trabalhar (muito!)... Na agenda, não sobra um espacinho livre.

Na hora de conceber o bebê, todo mundo sabe, é preciso um homem e uma mulher. Trata-se de uma questão biológica. No entanto, depois que ele nasce, entra em cena só a mãe (ou quem ocupa esse lugar). “Na linha evolutiva, ela tem preparo filogenético para a maternidade, o que envolve o zelo, o cuidado, o amor, a alimentação e a higienização”, explica a psicóloga Juliana de Brito Lima, de Teresina (PI), e também colunista do blog do Instituto de Psicologia Aplicada (InPA), de Brasília (DF).

O fato é que a mulher contemporânea faz muito mais do que só cuidar do bebê. Eu, por exemplo, ainda tenho de me dividir entre os carinhos e os cuidados destinados à filha mais velha, que tem 6 anos, além de ser esposa e dona de casa. Com quem dividir essa sobrecarga? “O papel do pai é tão importante quanto o da mãe para promover acolhimento, crescimento e desenvolvimento adequados para a criança. Isso fortalece os vínculos familiares”, afirma a pediatra neonatologista Vera Fidelman Ramalho Valverde, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. “Com exceção da amamentação, que é realmente exclusiva da mãe, o pai pode contribuir muito ao dar apoio à mulher, além de ajudar em outros afazeres.”

Embora ainda em um ritmo não satisfatório, Vera destaca um avanço. “Tenho percebido cada vez mais o pai presente nas consultas ao pediatra, demonstrando o seu interesse em participar ativamente no acompanhamento do seu filho, algo que, há alguns anos, era muito raro”, constata. Ainda que o homem não possa estar presente na consulta, o que se espera é que ele se interesse pelo desenvolvimento do pequeno. Lembrar-se de administrar a vitamina ou o medicamento receitado e das datas de vacinação ajuda bastante.

Em casa
Desde sempre, meu marido se envolve com a rotina caseira. Logo que acorda, ele lava toda a louça do jantar do dia anterior, mas logo tem de sair para o trabalho. Quando volta para casa, ele se encarrega do jantar, do banho dos filhos e de outras coisinhas que vou pedindo para ele, como segurar o bebê, trocar a fralda, pegar um brinquedo para a nossa filha. “Dar afeto, garantir segurança, alimentar, higienizar, brincar e educar são os cuidados que podem ser assumidos pelo homem”, orienta Vera. “Com o crescimento da criança, o pai poderá continuar contribuindo em várias situações.”

Muitas mulheres, no entanto, não contam com a mesma sorte. Há companheiros que não se implicam no processo. “O modo como o parceiro foi criado sinaliza qual a visão que ele tem de mãe”, explica Juliana. “Se há a concepção de que a mulher deve concentrar todos os cuidados da criança, provavelmente, ele só fará tarefas se solicitado.” Então, um aviso para quem é dessa turma: “Quanto mais o pai se faz presente no cotidiano do filho, melhor se desenvolvem os laços afetivos e o apego da criança com ele”, constata a psicóloga. Por outro lado, vale também a observação de que nem sempre o homem consegue espaço, pois, muitas vezes, mãe e avó materna se alternam entre os cuidados com as crianças, deixando-o sem função específica.

Quando o homem fica por perto, acompanhando as tarefas, pode aprender por observação. Se a mulher passa as instruções de como trocar a fralda, por exemplo, passo a passo, a aprendizagem se torna ainda mais efetiva. Caso ele tenha dificuldades na execução, é importante que sua parceira não aja com intolerância, agressividade ou ironia. “É necessário ter paciência, incentivar a fazer novamente, corrigindo a falha e reconhecer quando ele se engajar em algo, agindo de modo carinhoso, como agradecer com um beijo. Indiretas do tipo ‘ninguém me ajuda mesmo’, expressões faciais que indiquem raiva ou chateação, ou qualquer outro sinal não verbal que revele a sobrecarga costumam desgastar a relação”, analisa Juliana.

Não vou negar que já perdi a paciência algumas vezes. No auge do cansaço, quando o sono não está em dia, a casa está uma bagunça e ainda tem uma pilha de roupinhas do bebê para passar, já parti para a ofensiva. Para mim é tão óbvio o que deve ser feito... Mas não posso desconsiderar que a rotina é muito familiar a mim. Eu gostaria sim de mais proatividade, mas, assim como no mundo profissional um bom gestor diz claramente o que espera de sua equipe para que todos alcancem o sucesso, meu papel é ser clara nessa comunicação para, só assim, cobrar resultados.

Na escola
Não bastasse a rotina em casa, à mulher também cabe a tarefa de acompanhar o percurso educacional dos filhos. “É possível perceber não só na fala, mas na expressão reveladora das mães que, muitas delas, devido o acúmulo de tarefas, estão cansadas e solitárias nesse processo”, pontua Bete Godoy, do Instituto Para Além do Cuidar e coordenadora pedagógica da rede municipal de ensino de São Paulo. “Quando a instituição escolar acolhe, respeita e estabelece uma parceria compartilhada, ela se sente mais segura nessa caminhada.”

No entanto, é mais democrático dividir entre os adultos os direitos e os deveres também no que diz respeito à educação escolar dos filhos e os demais afazeres que uma criança necessita para o seu desenvolvimento. Em casa, eu e meu marido acompanhamos, participamos e decidimos em conjunto sobre o rumo da educação escolar de nossa filha. Além de marcarmos presença em todos os eventos da escola (festas, feira do livro, reuniões e palestras), nos alternamos nas tarefas de levar, de buscar, de preparar o lanche, de ajudar nas lições de casa, de arrumar a mochila, de deixar o uniforme em ordem etc. “Quando isso acontece desde cedo, os laços afetivos, morais e sociais são mais intensos e saudáveis”, ressalta a pedagoga.

Os pais que participam das reuniões, colegiados, eventos realizados na escola e também do acompanhamento mais próximo, seja nas tarefas que a criança realiza, seja conversando com os professores sobre o que elas sabem ou têm dificuldade contribuem muito para uma parceria entre escola e família e para o desenvolvimento infantil.

Quando o pequeno sabe que pode contar com o cuidado e a atenção dos pais, cada um à sua maneira, ele se sente amado, seguro na constituição de sua identidade e no desenvolvimento da autonomia moral e intelectual. A alegria que as crianças demonstram quando a família prestigia suas produções, quer saber como foi que realizaram ou mesmo quando são capazes de reconhecer sua marca é um enorme convite para novas experiências e aprendizagens.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Meu filho não come!

O que eu faço?

"Come só um pedacinho! Olha, se você comer o arroz, a mamãe lhe dá um chocolate! Se não comer tudo, não vai brincar!" Quantos pais já não usaram ao menos uma destas frases na tentativa de verem seus filhos se alimentarem? Se você é um deles, saiba o que dizem os especialistas sobre o tema

Insistir ou até obrigar os filhos a comerem não é o correto. Claro que a preocupação é compreensível, afinal uma boa alimentação resulta numa criança saudável, mas não é por pular uma refeição ou outra que os filhos ficarão desnutridos ou terão o desenvolvimento comprometido. A nutricionista Melissa Saikawa Bonesi Imamura destaca que há duas classificações para a falta de apetite infantil: a orgânica e a comportamental.

A orgânica ocorre porque a criança tem alguma doença infecciosa ou está com carência de nutrientes, como vitaminas e minerais. Num e noutro caso, os sintomas dessa criança normalmente são apatia, palidez, fraqueza, sonolência, pele seca, cabelos finos e quebradiços, rachaduras nos cantos da boca e sangramento nas gengivas. A solução é levá-la ao pediatra e a um nutricionista para que, com o acompanhamento profissional conjunto, o problema seja solucionado.

A falta de apetite comportamental, esclarece a especialista, tem origem na dinâmica familiar e pode originar um ciclo vicioso, difícil de ser corrigido: a criança deixa de comer simplesmente porque quer chamar a atenção e acaba ganhando algum alimento de fácil aceitação, como uma bolacha recheada, mesmo estando no horário de uma refeição principal, como o almoço ou o jantar. Ao perceber que essa tática dá certo, a criança repete a atitude constantemente.

Pai e mãe devem ter em mente o seguinte: quando a fome apertar, a criança vai comer. Mas, nada de alarmes, não é preciso deixá-la com fome. Há caminhos bem mais suaves para persuadi-la a alimentar-se.

O primeiro passo é verificar se realmente não há nenhum problema de saúde, ou seja, se a falta de apetite não é de origem orgânica, incluindo o início da dentição, o que também resulta no desinteresse pelos alimentos. Não havendo nenhum problema do gênero, papai e mamãe devem adotar alguns procedimentos:

• Nunca ofereça muita comida à criança - ela tem o estômago pequeno;


• Varie os alimentos. A mesma comida, todos os dias, não desperta o interesse. Incremente o prato com algum alimento de cor diferente daquele que você ofereceu anteriormente, por exemplo;


• Evite que a criança fique "beliscando" entre uma refeição e outra;


• Mantenha verduras e legumes em todas as refeições. Mesmo que a criança não aceite, não a obrigue a comer, assim ela ficará com raiva do ingrediente. Deixe lá, a constante presença desses alimentos despertará a curiosidade da criança;


• Em contrapartida, não ofereça sopas batidas no liquidificador para que a criança ingira verduras e legumes. Essa tática dificulta o estímulo do paladar, por não permitir que a criança reconheça os diferentes sabores;


• Respeite os gostos de seu filho, pode ser que ele realmente não goste de determinada comida e, mesmo nos primeiros anos de vida, a criança já tem preferências e aversões alimentares. Às vezes, por não gostar de um ou de outro ingrediente, ela rejeita toda a refeição;


• O ambiente onde as refeições são realizadas deve ser tranqüilo. Desligue a TV, abaixe o volume do rádio e evite discussões;


• A criança com mais de um ano e que ainda toma muitas mamadeiras ao dia pode ter dificuldades em aceitar os alimentos sólidos, neste caso é melhor diminuir as mamadas;


• A criança não gostou da comida. Por zelo, muitas mães preparam a refeição dos filhos separadamente, usando poucos temperos. O problema é que às vezes a comida fica sem gosto algum. Experimente os alimentos antes de oferecê-lo aos menores;


• Não dê sucos e refrigerantes durante a refeição, porque a capacidade gástrica da criança ainda é limitada. Se ela tomar um desses líquidos pode não ter espaço para a comida;


• Não force seu filho a comer. Se ele ficar com fome, vai alimentar-se na próxima refeição;


• Não ofereça comida fora de hora. A criança que passa o dia inteiro comendo dispensa as refeições principais pelo simples fato de não estar com fome;


• Deixe a criança comer com as mãos. Ela se diverte manipulando a comida e vê nesse momento uma ocasião prazerosa, agradável;


• Nunca prometa uma recompensa, como por exemplo, "coma o arroz que eu lhe dou um sorvete". Assim você fará com que seu filho tenha desprezo pela comida;


• Não faça a brincadeira do aviãozinho. A hora é de comer, não de mimar a criança;


• Não adianta pedir para seu filho comer cenoura se você está comendo um sanduíche, ele naturalmente irá querer comer o lanche, pois se você despreza a cenoura, é porque o outro alimento deve ser mais gostoso; 


• Por fim, seja firme com a criança, sem ser rígida, afinal o momento de se alimentar deve ser prazeroso e não angustiante.

Não esqueça que uma alimentação excessiva pode resultar num adolescente obeso, que futuramente irá procurar um endocrinologista para emagrecer. Considere também que a necessidade energética da criança vai diminuindo com o passar dos anos. Uma criança com três anos de idade, por exemplo, precisa de mais calorias do que uma com sete, o que torna normal a redução do apetite.

Há mães que, de tão preocupadas, oferecem suplementos nutricionais sem orientação. Sem querer elas podem estar contribuindo para a formação de um adulto obeso, pois a energia extra que a criança recebe passa a se acumular em seu tecido gorduroso.

O detalhe importante é que o número de células gordurosas de uma pessoa é definido até os dois anos de idade e, existindo um número muito grande de células adiposas no organismo adulto, essa pessoa terá mais dificuldade em controlar seu peso, ao contrário daquela que, na infância, recebeu uma dieta balanceada e produziu um número normal de células gordurosas.

Horas de Sono do Recém-nascido, Lactentes e Crianças Recém-nascido: 1 Semana - Bebê dorme bastante, 15-18 horas/dia - Geralmente em intervalos de 2

Recém-nascido: 1 Semana

- Bebê dorme bastante, 15-18 horas/dia
- Geralmente em intervalos de 2-4 horas
- Não há padrão de sono

2 a 4 semanas

- Sem tabela de horários, permita que o bebê durma quando precisa
- Bebê provavelmente não dormirá por periodos longos à noite
- O maior período pode ser de 3-4 horas

5 a 8 semanas

- Bebê está mais interessado em brinquedos e objetos
- O maior período de sono começa a aparecer regularmente nas primeiras horas da noite
- O período mais longo é de 4-6 horas (menos se tem cólicas)
- O bebê "fácil" tem períodos mais regulares
- Ponha-o para dormir aos primeiros sinais de cansaço
- Ponha-o pra dormir: não mais que 2 horas acordado
- Após acordar pela manhã já está pronto para soneca somente 1 hora depois
- O bebê vai se distrair mais facilmente, então precisa de um lugar quieto pra dormir
- Crie uma rotina de atividades que acontecem antes de cada soneca e da hora de dormir à noite
- Sinais de extrema fadiga: irritável, puxa o próprio cabelo, bate na própria orelha

3 a 4 meses

- A necessidade é maior de um lugar calmo e quieto para dormir, pois o bebê se distrai mais facilmente
- Não deixar o bebê acordado por mais de 2 horas (alguns agüentam somente 1 hora)
- 6 semanas de vida é quando o período de sono mais longo deve ser preferencialmente à noite (não de dia)
- O maior período de sono é somente de 4-6 horas
- Comece a colocar o bebê para dormir antes dele começar a ficar irritado ou sonolento

4 a 8 meses

- O sono do bebê se torna mais como o do adulto, com período inicial de não-REM
- A maoria acorda entre 7 da manhã, mas geralmente entre 6-8.
- Se o bebê acordar antes das 6 é bom colocar para dormir após mamar e trocar a fralda
- Não é possível mudar a hora que o bebê acorda de manhã colocando-o para dormir mais tarde
- Comidas sólidas antes de dormir tambem não resultam em acordar mais tarde
- O período acordado de manhã deve ser de cerca de 2 horas para bebê de 4 meses e 3 horas para bebês de 8 meses
- Então a soneca da manhã é por volta das 9 horas para a maioria
- Tenha um período tranqüilo e quieto, parte da rotina de dormir, com duração máxima de 30 minutos. Essa rotina deve começar 30 minutos ANTES do fim do período que o bebê fica acordado
- Um soneca só é restauradora se é de 1 hora ou mais, algumas vezes 40-45 minutos conta, mas 1 hora ou mais é o ideal
- Conte com outra soneca após 2-3 horas acordado
- Evite mini-sonecas no carro ou parque
- Não deixe o bebê tirar uma sonequinha para compensar uma soneca perdida
- Se o bebê tira a soneca quando deveria estar acordado, bagunça a rotina acordado/dormindo
- A Segunda soneca é geralmente entre meio-dia e 2 da tarde (antes das 3)
- Deve durar 1-2 horas
- Uma terceira soneca poderá ou não ocorrer, se ocorrer será entre 3-5 da tarde e geralmente bem rápida
- A terceira soneca desaparece por volta dos 9 meses de idade
- A hora de dormir ideal é entre 6-8 da noite, decida pelo quanto a criança está cansada
- Empregue uma rotina antes da cama com a mesma seqüência de eventos toda noite, assim a criança começará a predizer o que vem a seguir, ou seja, o sono
- A criança poderá acordar de 4-6 horas depois para mamar, algumas estarão com fome mas outras vão dormir direto, depende do indivíduo
- Uma Segunda mamada podera’ ocorrer por volta de 4-5 da madrugada

9 a 12 meses

- A maioria dos bebês dessa idade realmente precisam de 2 sonecas/dia com duração total de 3 horas de sono
- Por o bebê pra dormir à noite mais cedo permitirá que ele durma até mais tarde de manhã (em alguns casos não )
- Rotina usual: acorda às 6-7 da manha, soneca da manhã 9:00, soneca da tarde 1:00 (antes das 3 pra não atrapalhar com o sono da noite), dormir à noite entre 6-8 pm
- Se o bebê que dormia à noite toda começar a acordar, tente antecipar a hora de dormir gradualmente de 20-20 minutos.

12 a 21 meses (1 ano a 1 ano e 9 meses)

- Muda de 2 sonecas para 1 soneca/dia, total duração de sono 2 horas e meia
- Se a mudança para 1 soneca é difícil, tente por na cama mais cedo, a criança poderá tirar 2 sonecas num dia e 1 no outro até estabilizar

21 a 36 meses (1 e 9 meses a 3 anos)

- Maioria das crianças ainda precisam de uma soneca
- Em média a soneca é de 2 horas mas pode ser entre 1-3 horas
- Maioria das crianças dormem entre 7-9 da noite, acordam entre 6:30-8 da manhã
- Se a soneca não aconteceu, é preciso por na cama mais cedo ainda
- Se a criança não dorme bem durante a noite, não permitir que a criança tire a soneca pode ser problemático, causar extrema fadiga
- Se a criança acorda entre 5-6 da manhã, e está bem descansada, pode-se tentar encorajar mais sono com cortinas escuras
- Ir pra cama mais cedo pode resultar em acordar mais tarde de manhã (sono traz mais sono, na maioria dos casos)

3 a 6 anos

- A maioria ainda vai dormir entre 7-9 da noite, acorda entre 6:30 e 8 da manhã
- Aos 3 anos a maioria das crianças precisam de 1 soneca todos os dias
- Aos 4 anos, cerca de 50% das crianças tiram soneca 5 dias/semana
- Aos 5 anos de idade, cerca de 25% das crianças tiram soneca 4 dias/semana
- Aos 6 anos de idade as sonecas geralmente desaparecem
- Aos 3 e 4 anos a soneca dura 1-3 horas
- Aos 5 e 6 anos a soneca dura entre 1-2 horas

7 a 12 anos

- A maioria das crianças de 12 anos vão dormir entre 7:30 e 10 da noite, na média 9 da noite. A maioria dorme 9-12 horas/noite.
- Muitas crianças de 14-16 anos agora precisam de mais sono que quando eram pré-adolescentes para manter a atividade ótima e serem alertas durante o dia

quarta-feira, 22 de abril de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009


O que é normal e quando a birra é preocupante

O bebê está brincando, você precisa dar banho nele para sair, mas a criança não quer. Ele se rebela e chora. Nessas horas, o truque é mudar seu foco, chamando a atenção para objetos e pessoas de que ele gosta. Imagine se os pais ou os cuidadores sempre cederem a essa pequena rebeldia? Como conseguirão encontrar um momento para levá-lo à banheira? Serão os pais capazes de impor obediência?

A capacidade de aceitar regras vai se desenvolvendo ao longo do tempo e os pais não precisam fazer disso uma batalha, entrando em constante confronto com a criança.“Alguns pais têm tanto pavor da birra que negam tudo, vetando qualquer chance de o filho se revoltar e descobrir por si só o que quer. O equilíbrio está em selecionar o não para coisas realmente importantes, como morder e bater nos outros ou nos objetos, colocar o dedo na tomada, atravessar a rua sem dar a mão.”Se seu filho sempre se comporta como um birrento, atenção! “Apesar de ser frequente no universo infantil, o padrão indica um problema mais sério. É hora de procurar ajuda de um especialista. Do contrário, a birra fará a criança se fechar em uma ideia fixa, sem enxergar outras possibilidades." É difícil enfrentar um comportamento quando ele aparece pela primeira vez. E é muito comum a criança que nunca fez uma determinada birra um dia se atirar no chão e fazer manha, deixando os pais atônitos.Uma das explicações para isso é a imitação. Ela pode ter visto o amiguinho fazer o mesmo, percebido que funcionou e tentar a sorte também. “O papel dos pais nessa hora é dizer não e tirar a criança do local. Ponto final. Não caia na tentação de passar meia hora falando, dando corda para uma atitude repreensível ou criticando a ação como se fosse a pior coisa do mundo”.
Até o proximo tema.

sábado, 14 de março de 2009

Birra: a hora de dizer não para a criança


Nem sempre é fácil lidar com os escândalos protagonizados pelas crianças, mas os especialistas garantem: pais que sabem dizer não e sustentam essa posição têm mais chances de ajudar os filhos a lidar com as frustrações e ter uma vida mais feliz.


Tudo começa com um chorinho quando o bebê não consegue satisfazer seus desejos – subir na mesa, pegar o controle remoto, não devolver o brinquedo do irmãzinho. Mas o primeiro mandamento para lidar com a birra infantil é não se desesperar. Gritar e perder o controle só reforça esse tipo de comportamento da criança, que entende a sua reação como parecida com a dela. Quando o pequeno percebe que conseguiu tirá-la do controle e chamou a sua atenção, desconfia que você acabará cedendo, especialmente se estiverem em público. E, aí, salve-se quem puder.

Desde muito cedo as crianças aprendem a arte da manipulação. Da mesma maneira que sabem que agradam quando são boazinhas, percebem que podem usar a birra para conseguir o que desejam. A teima faz parte do comportamento infantil, como uma tentativa de a criança demonstrar certa independência e expressar suas vontades. E aparece por volta de 1 ano e meio de idade.Quando a criança tenta conseguir o que quer através de showzinhos, a dica é dar um pouco de atenção, sem estender a bronca por horas. Você pode dizer que esse “não” é o jeito de conseguir o que ela quer e por causa disso não vai ter mesmo. E não fique assistindo ao espetáculo, a menos que a criança esteja se debatendo e corra o risco de se machucar. Nesses casos, aconselho a abraçá-la e ir conversando até ela se acalmar.

Se o incidente ocorreu numa festa de aniversário, por exemplo, assim que cessar, volte para casa. Depois de um escândalo como esse, a criança não pode ser recompensada com diversão.

Se o ataque for muito intenso e você estiver no shopping ou no parque, vale levá-la até o carro para se acalmar e, se for o caso, nem retornar. O problema é acabar com o programa dos irmãos ou da família toda. O ideal é tirá-la do local e mostrar que a birra não levará a nada, que você não mudará de ideia. Quando os pais aprendem a lidar com o filho, as birras diminuem. Depois de uma ou duas vezes, ele aprende que a teimosia não adianta e para de insistir. Se isso não acontece, é porque a criança descobriu que fazer cena funciona e ela sempre ganha a parada.

A maneira de lidar com esses conflitos é decisiva. Os pais precisam ser firmes, mesmo que o filho chore e fique com raiva deles. Se cedem a cada vez que ele fica desapontado, acabam criando uma pessoa que não suporta a frustração, tem dificuldades de relacionamento e fica malvista pelos amigos, que muitas vezes se afastam.


Obrigado meus caros leitores e até a proxima.